quarta-feira, 29 de março de 2017

[RESENHA] Joana e Maurício

Título: Joana e Maurício
Autora: Ingraínne Marques
Ano: 2015
Editora: Buriti

        Oi gente!!!!

        No post de hoje vou contar para vocês o que eu achei do livro "Joana e Maurício". Eu recebi esse livro através do grupo "Livro Viajante" do Skoob (Lembra que eu já falei desse grupo AQUI para vocês?). Escolhi o título por 2 motivos: Primeiro é um livro nacional. Um dos objetivos desse ano era ampliar a minha leitura dos nacionais. Segundo, eu quis utilizar o espaço do grupo para ter contato com livros diferentes e pouco conhecidos. Espero que vocês gostem da resenha!


Sinopse: A história de um amor perdido no tempo, um amor que, sim, pode ser medido em palavras. Joana e Maurício são duas pessoas pertencentes a realidades sociais distintas, inseridas no meio de uma guerra que jamais é datada. A única semelhança entre eles é a idolatria pelo poema e, diante disso, os dois, ainda jovens, começam a trocar cartas. Cartas que mais parecem desafios, mas que com o tempo se tornam a narração perfeita para aqueles que nunca souberam conversar como a sociedade exige. Joana é a mulher que pode ser definida como a incógnita: ora feminista, ora conformada, talvez ela seja a clássica personificação da bipolaridade feminina. Maurício, por outro lado, é o idealista cego que desiste inúmeras vezes pelo caminho – só para perceber que é covarde demais para,  simplesmente, desistir.

segunda-feira, 27 de março de 2017

INTERAÇÃO Clube do livro - Março

Olá pessoal!!!!!!!

         O post está um pouquinho atrasado (me perdoem!!), então, vamos estender a interação até 01/04, mas aqui está a Interação do Clube do livro desse mês. Como vocês sabem o texto a ser discutido é "Os contos de Beedle, O Bardo" da nossa diva maravilhosa JK Rowling.


       Me digam: Como vocês se sentiram lendo um livro que, teoricamente, faz parte apenas do Universo bruxo? Eu achei brilhante!

      Participem da interação!!
      Como vocês também já sabem, todos os participantes que comentarem NESTE post e seguir as demais regras do clube estarão concorrendo ao livro do mês que vem. O título já foi escolhido e é "A revolução dos bichos".
      Regras:
      - Seguir o blog Prateleiras da Fê E o blog Capa Literária
      - Comentar NESTA publicação algo realmente relacionado ao livro. Procure participar mais de uma vez ao longo da interação. Vamos conversar!!
      - Seguir as redes sociais dos blogs contam como chance extra.

domingo, 26 de março de 2017

[12/52] As super-heroínas dos filmes/quadrinhos/desenho/anime

         Olá pessoal!!!! Mais um post do projeto 52 semanas em parceria com o blog Mundinho da Hanna! O tema de hoje são as super heroínas dos filmes/quadrinhos/desenho/anime. Eu nunca fui de ligar muito para as heroínas clássicas. Não sei quase nada sobre a mulher maravilha, tampouco sobre a mulher gato ou a Viúva Negra. Apesar disso eu tive minhas heroínas, em sua maioria da época da TV Manchete, quando eu assistia exaustivamente Cavaleiros do Zodíaco, Yu Yu Hakusho e Shurato!
          Tá bom! Os personagens desses desenhos que eu citei eram em sua maioria masculinos, porém... Eu também assistia:

1- Sailor Moon



Gente eu amava (tipo, A-M-A-V-A) esse desenho!! Essas meninas arrasavam e meu sonho era ser a Sailor Júpiter, mas eu queria ter aquele gatinho de estimação da Sailor Moon!! Oh tempo bom que não volta mais.

2- Katara



Eu fui V-I-C-I-A-D-A em Avatar, a lenda de Aang. Tenho até hoje todos os episódios guardados. Eu adorava o enredo construído em cima dos 4 elementos. Confesso que a minha dobra preferida era a de fogo. Os movimentos são os mesmo do Kung Fu estilo Shaolim do Norte que é realmente muito lindo. Um sonho não realizado foi aprender alguns deles! Fora que eu tive um crush sério no Zuko. Eu tive uma dúvida cruel se escolhia a Katara ou a Azula como minha escolhida para esse desenho (Isso mesmo, a Azula, a vilã malvada e detestável), mas ... Katara venceu!

3- Mulan



Não tinha como passar essa lista sem citar essa "Princesa da Disney". Totalmente desconstruída a Mulan é uma heroína com todos os predicados. Perdi as contas de quantas vezes tentei reproduzir a maquiagem da "ida à casamenteira" e de quantas vezes cantei (algumas/muitas de forma errada) as músicas desse filme! Uma heroína que despensa apresentações.

4- Saori



Eu confesso que sentia um pouco de raiva da Saori, que estava sempre em apuros e precisando ser resgatada. Mas se a gente mudar um pouquinho o foco para um olhar mais feminista podemos concluir que de fraca ela não tinha nada. Ela sempre era alvo de armações e conspirações porque se tratava de uma figura muito poderosa: a própria reencarnação da deusa Atena e, mesmo quando estava sequestrada ou desacordada vinha em auxílio dos Cavaleiros. Além de tudo isso, meu sonho da vida era ter esse cabelão lilás MARA! 

5- Sakura Card Captor



Nossa, escrever esse post está me dando muita nostalgia!! Tem muito tempo que não paro para assistir à um bom anime. Que saudade de tudo isso! Sakura Card Captor foi outro desenho que assiti até dizer chega! O objetivo dela era capturar todos os cards e você imagina a emoção que não era acompanhar essa saga para uma pessoa completamente viciada em coleções como eu?


Por hoje é só pessoal. Espero que vocês tenham gostado. Não deixem de conferir o post da Hanna. Corre lá no Mundinho da Hanna e veja o que ela escreveu!!

Bjs

domingo, 19 de março de 2017

[11/52] Heroínas literárias

Oi gente!!!

        Hoje é domingo dia de almoço em família, dia de Programa Silvio Santos, Domingão do Faustão e????? 52 semanas!!!!! Pois o tema de hoje é "Heroínas literárias"  e a nossa ideia era falar sobre personagens femininos que roubaram a cena e salvaram o destino de seus mundos. Veja só a lista da Hanna (Mundinho da Hanna). Eu tinha uma lista parecida, mas nesse mês, como vocês puderam reparar estamos homenageando as mulheres e eu fiquei muito tocada com a oportunidade de falar de mulheres que realmente admiro muito! No post das mulheres fortes eu falei de 4 personagens que também considero heroínas e depois não resisti falar mais um pouquinho sobre a Malala quando deveria escolher uma mulher cuja trajetória de vida eu admirava.
        Hoje vou quebrar mais uma vez o protocolo e vou explicar o motivo. Eu já contei para vocês que leio muitos livros passados durante as grandes guerras, não contei? Pois é! Outro fato sobre mim é que costumo anotar as referências dadas no livro para pesquisar depois e, após tantos livros sobre o holocausto vi inúmeras citações sobre pessoas que arriscavam suas vidas para salvar judeus do terror nazista. Uma dessas pessoas foi a enfermeira Irena Sendler. Ela resgatou 2500 crianças judias dos guetos de Varsóvia.
          Cheguei a Irena depois de ler "O menino dos fantoches de Varsóvia", que apesar de não ter uma citação direta a ela me encaminhou a descobrir sua história. Ela não é uma heroína literária, mas foram livros fictícios (O livro de Eva Weaver é uma ficção) ambientados em uma época e local real que me fizeram conhece-la, então aqui está minha heroína.

         "Irena Sendler faleceu no dia 12 de maio último, aos 98 anos. Jamais se considerou uma heroína. Pelo contrário. Quando alguém mencionava sua coragem, respondia:
'Continuo com a consciência pesada de ter feito tão pouco'..."
(Fonte: www.marasha.com.br)


"Irena Sendler (15 de fevereiro de 1910 - 12 de maio de 2008), também conhecida como "O Anjo do Gueto de Varsóvia," foi uma ativista dos direitos humanos durante a Segunda Guerra Mundial, tendo contribuído para salvar mais de 2.500 vidas ao conseguir que várias famílias escondessem filhos de judeus no seio do seu lar e ao levar alimentos, roupas e medicamentos às pessoas barricadas no gueto, com risco da própria vida." (Fonte: pt.wikipédia)

quinta-feira, 16 de março de 2017

[RESENHAS] Cilada para um marquês e Cabeças de ferro

Oi todo mundo!!!!!!!

         Gente, eu estou escrevendo algumas resenhas em parceria com o blog Depois da Moderação (Vocês conhecem? Não?!!!! Dá um CONFERE AÍ! É muito interessante e não trata apenas de livros).
        Duas resenhas minhas estão no ar:

Cilada para um marquês


Um romance de época totalmente apaixonante!!
Link: http://www.depoisdamoderacao.com/2017/02/resenha-cilada-para-um-marques.html


Cabeças de ferro

 

Um romance super divertido da autora mineira Carol Sabar.
Link: http://www.depoisdamoderacao.com/2017/03/resenha-cabecas-de-ferro.html

Espero que vocês gostem. Em breve tem mais!

domingo, 12 de março de 2017

[10/52] Mulheres cuja história você admira.

Oi gente!!! 

Domingo é dia de 52 semanas. E o tema de hoje é "Uma autora que você admira pela trajetória de vida". Bom gente, Eu sei que estou sendo redundante, mas aqui estou eu novamente falando de uma das personalidades que mais admiro: Malala Yousafzai. Como eu já a citei como minha mulher forte número 1 semana passada, dessa vez vou contar 5 curiosidades sobre ela, tá bom? Espero que vocês gostem e claro, não deixem de conferir no Mundinho da Hanna o post dela sobre o tema de hoje!

5 - Ela fez história através de um blog



      "Um amigo que trabalhava na BBC, a poderosa rede britânica de comunicação, pediu a ele que encontrasse alguém na escola para escrever um diário sobre a vida sob o domínio do Talibã para seu site urdu - um professor ou uma aluna mais velha. Todos os professores disseram não, mas a irmã mais velha de Maryam, Ayesha, uma das meninas mais velhas concordou.
     No dia seguinte, recebemos uma visita: o pai de Ayesha. Ele não permitiu que a filha contasse sua história - É muito arriscado. - disse.
     Meu pai não discutiu. Ele queria argumentar que o Talibã era cruel, mas não machucaria uma criança. Mas respeitou a decisão do pai de Ayesha e se preparou para ligar para a BBC e dar a má notícia.
     Eu só tinha onze anos, mas disse: - Por que não eu?"
(Eu sou Malala, 1 ed., 2015 p. 72)

A partir desse dia Malala começou a escrever para a BBC sobre sua rotina após o fechamento de TODAS as escolas femininas em seu país. Com suas postagens Malala alcançou o mundo mostrando a crueldade do Talibã.

4 - Ela é muçulmana e feminista



       Por muitas vezes a religião é considerada como limitante e aprisionadora, mas está aí um exemplo de que essa é uma opção e não uma constante. Malala sempre deixou claro que sempre foi e permanece mulçumana, uma religião pouco compreendida no mundo ocidental e, infelizmente, muito estereotipada. 

3 - Ela foi vítima de uma atentado 



        Na citação que eu fiz no primeiro tópico estava escrito que o pai de Malala nunca acreditou que o Talibã seria capaz de ferir uma criança. Pois sua hipótese foi duramente rejeitada:

        "Assim que passamos a fábrica Little Giants, a rua ficou estranhamente calma e o ônibus desacelerou. Não me lembro de um jovem nos parando e perguntando ao motorista se aquele era o ônibus da escola Khushal. Não me lembro de outro homem indo até a traseira do ônibus, onde todas estávamos sentadas. Não o ouvi perguntar: - Quem é Malala? - E ouvi o bang bang das três balas. A última coisa que me lembro de pensar foi na prova do dia seguinte. Depois tudo ficou escuro."
(Eu sou Malala, 1 ed., 2015 p. 119)

2 - Ela discursou na ONU



        "No dia 09 de outubro de 2012, fui baleada pelo Talibã na têmpora esquerda. Eles atiraram em minhas amigas também. Acharam que as balas nos silenciariam. Mas falharam. E então, daquele silêncio, surgiram milhares de vozes".
(Discurso de Malala na ONU, Nova York - 12/07/2013)

1 - Ela ganhou o prêmio Nobel (2014)


       Esse tópico não precisa nem de descrição e com ele vou encerrando o meu post de hoje. Desde que conheci a história de Malala a tenho como inspiração: pela fé, pela força, pela luta e principalmente pela coragem!

sexta-feira, 10 de março de 2017

[RESENHA] Trono de vidro

Título: Trono de vidro
Ano: 2013
Autora: Sarah J Maas
Editora: Galera Record



         O livro conta a história de Celaena, uma assassina profissional de apenas 18 anos que estava condenada a viver como escrava nas minas de sal de Endovier por seus crimes contra o rei que lhe deram a fama de a maior assassina de Adarlan. Sua vida muda quando o príncipe de Adarlan aparece para fazer um trato com ela: ela vai para uma competição com os melhores assassinos dos reino, que tem como prêmio ser a campeã do rei, e após quatro anos estaria livre. Caso perdesse, iria voltar para as minas. Então a nossa personagem parte para Adarlan para batalhar pela sua liberdade.
       A história inicialmente gira em torno da principal, do príncipe Dorian e do capitão, e melhor amigo do príncipe, Chaol. Ao longo do livro tem aparecimento de novos personagens que vão montando uma história cheia de ação, mistérios, suspense, romance (para o amantes de triângulos amorosos, escolham seu team) e surpresas.
       Nossa personagem se mostra uma mulher forte, sarcástica, decidida, que sabe o quer: sua tão sonhada liberdade. Mesmo com uma história de vida bem sofrida para sua pouca idade, a personagem tem algumas características típicas de uma menina de 18 anos vivendo em um grande castelo (o que eu achei bem interessante na verdade). E ao longo do livro foi possível ver o amadurecimento dela como mulher. Ela ganhou um lugar na minha lista de mulheres forte dos livros que eu li, é uma personagem que você quer andar com ela no recreio. Em alguns pontos achei que ela foi imatura ou infantil, mas acho que isso ajuda a compor um personagem bom, afinal ninguém é perfeito.
      Outro personagem principal é o capitão Chaol (#teamchaol) que assume a função que ser treinador de Celaena e principal vigia dela. Ele mostra um grande amadurecimento para sua idade em alguns pontos e ao mesmo tempo inocência em outros. De início ele simplesmente não confia na personagem principal, mas aos poucos ela consegue derrubar as muralhas em volta dele. Inteligente, fiel, sensato, ele é o lado racional dentre os três. Disse acima que ninguém é perfeito, mas ele é perfeito para mim (<3). Toda a transformação dele de capitão fechado, misterioso para alguém mais transparente me conquistou.
       A outra ponta do triangulo é o príncipe Dorian. De início ele parece apenas mais um mimado, pomposo que quer chamar atenção e ser contra o pai. Mas ao longo do livro ele vai nos encantando ao mostrar sua real forte personalidade (mas ainda prefiro o Chaol). Ele é contra as ideias do seu pai e se mostra como talvez a mudança que o reino precisa (cenas dos próximos livros que eu ainda não li).
       Paralelo a competição, o livro mostra a ganancia do rei que quer conquistar todos os reinos, traições, surgimento da magia ou renascimento? (segredinho sobre isso, vão ler), e uma possível rebelião que com certeza ocorrerá nos próximos livros.
       O livro apesar de ser cheio de ação, tem momentos bem lentos o que pode irritar alguns e causar a desistência (mas não desistam). Eu, sinceramente, fiquei entediada em algumas partes. Esse livro eu vi como uma grande introdução para uma história muito maior que vai se desenrolar ao longo dos outros livros, talvez por isso as partes mais lentas. Mas sério, livro como um todo vale muito a pena e estou bem ansiosa pelos próximos.


   

segunda-feira, 6 de março de 2017

[9/52] Mulheres forte.

Oi gente, essa semana o post do projeto 52 semanas está saindo um cadinho atrasado, me perdoem, mas vamos lá. O tema dessa semana são as mulheres fortes, em homenagem ao dia Internacional da Mulher, que é comemorado na próxima quarta feira 08/03. Pois bem, a Hanna falou sobre mulheres reais e diga-se de passagem maravilhosas, então eu vou falar das personagens que gosto.

5 - Lizzie Hallim


Lizzie é protagonista do livro "Um lugar chamado liberdade" do Ken Follet. O texto trata sobre a exploração das minas de carvão na Inglaterra da Revolução industrial. Lizzie é uma mulher determinada e muito forte. Ela consegue ver o tamanho da injustiça que é cometida contra os mineiros e faz todo o possível para corrigir essa situação. Lutando contra tudo e contra todos ela não desiste de seus ideias tampouco de seu amor. 

4 - Hattie


Esse livro trata sobre a segregação racial americana. As doze tribos de Hattie são cada um dos filhos dessa mulher muito muito forte que tomou decisões impulsivas e por um momento pensou até mesmo em deixar sua família, mas que no fim das contas de mostra incrível. Cheio de reviravoltas esse livro é muito tocante despertando raiva, angústia, raiva, tristeza, raiva, raiva. Excelente leitura!

3- Laila e Mariam


Minhas heroínas preferidas da vida! Na semana passada eu falei sobre os meus autores preferidos e Khaled Hosseini ficou em primeiro lugar absoluto, então Laila e Mariam não poderiam de forma alguma ficar de fora dessa lista. Esse livro é muito tocante por diversas razões e a questão do feminismo dói profundamente durante a leitura. A forma como Laila foi arrancada de uma vida cheia de sonhos e oportunidades e lançada na escuridão total. A amizade entre as duas. A união através da dureza da realidade. Eu sou apaixonada por essas personagens, principalmente pela Mariam. Ela é uma das personagens mais corajosas que eu já vi.

2 - Anne Frank


Eu vinha falando de personagens fictícios, mas para o segundo e primeiro lugar escolhi 2 mulheres reais que conheci através dos livros. Para começar Anne Frank. Uma jovem mulher que precisou descobrir muito sobre si mesma sozinha durante uma guerra terrível perdendo o que de mais importante o ser humano possui: a liberdade. O diário de Anne Frank é uma leitura muito pesada. Anne narrou sua vida no anexo secreto de forma muito natural e até bem humorada, mas a todo momento eu só pensava em como devia ser viver com medo e presa em um pequeno apartamento com tantas outras pessoas, respirando o ar da rua apenas por pequenas frestas no sótão. 

1 - Malala Yousafzai


"Eu sou Malala" foi um livro que me inspirou demais. Eu concordo com absolutamente todas as palavras de Malala. Eu acredito que é através da educação que vamos mudar o mundo, eu acredito que não adianta reclamar ou chorar, o que precisamos fazer é arregaçar as mangas e investir para melhorar a nossa realidade. Eu acredito no poder da escola, dos livros, das letras e de pessoas corajosas como Malala. Uma mulher real e sinônimo de força e coragem. Hoje ela ganha o meu primeiro lugar.

Bom gente, por hoje é só. O que vocês acharam das minhas escolhas? Não deixem de conferir a lista da Hanna.

Bjs

sexta-feira, 3 de março de 2017

[RESENHA] A jóia

A jóia
Autora: Amy Ewing
Lançamento: 2015
Editora: LeYa



            “A jóia” é o primeiro livro da série A Cidade Solitária. Muitos anos atrás as quatro famílias fundadoras uniram esforços para construir um muro que protegia A Cidade Solitária do mar revolto que ameaçava seu lar. A realeza liderada pelo Executor e pela Eleitora ocupa o núcleo da cidade, um dos cinco círculos, chamado Jóia. Separados por muros segue-se o Banco, onde localiza-se o comércio; Fumaça, onde ficam as fábricas; Fazenda, local onde cultiva-se a comida e o Pântano, círculo mais afastado da Jóia e mais vulnerável aos riscos externos. Lá vivem os operários dos demais círculos e foi o lar de Violet Lasting antes do diagnóstico.
            Quando as meninas do Pântano chegam à puberdade elas passam por exames de sangue capazes de diagnosticar o gene dos Presságios, classificando-as como substitutas para gerar os filhos da realeza e manter a linhagem real. As duquesas, condessas e ladies da Jóia não podem gerar seus próprios filhos sob a ameaça de morrerem ao dar à luz e as substitutas, treinadas nos internatos dos Portões do Pântano, são adquiridas como lotes no Leilão anual. E assim são tratadas: como propriedade de suas senhoras, sem direito a protestos, sem a oportunidade de rever sua família, perdendo até mesmo seus nomes.
            Violet é um lote muito valioso no Leilão e a saga criada por Amy Ewing começa após sua aquisição pela Duquesa do Lago. Com um ambiente totalmente inédito, repleto de luxo e poder, A Jóia é uma distopia bastante diferente. Fiquei muito surpresa com ideia central do livro. A existência das substitutas, que possuem poderes especiais é totalmente diferente de tudo o que eu já vi. A posição de liderança das mulheres da realeza também é muito interessante e as intrigas que surgem em meio ao jogo de poder dão um toque imponente à trama  mas o que prometia ser um livro eletrizante deixou a desejar em minha opinião.
            Os acontecimentos do livro ocorrem e um curto intervalo de tempo e, por isso, eu esperava uma narrativa beeeeeeem mais detalhada sobre a origem da Cidade Solitária e dos poderes de Violet e suas colegas. Tudo parece muito artificial e eu não consegui embarcar na estória. Não consegui me “integrar” a trama e acho que a economia na descrição foi responsável por isso. Talvez a autora tenha intencionado deixar a narrativa mais dinâmica, mas considero que ela não soube dosar muito bem essa parte. Além disso, considero como ponto negativo a forma como o romance surgiu. Tudo fica muito corrido e a construção do relacionamento entre Violet e seu amado fica mal feita e sem conexão com a estória. Outra coisa que me incomodou bastante foi a capa. Quando bate os olhos nela imaginei de cara um romance de época e me enganei lindamente. O pior é que nas 50 primeiras páginas imaginei pelo menos 3 capas diferentes que tinham tudo a ver com a estória. Não gostei.
            Eu confesso que, ao longo da leitura muitas vezes pensei em desistir do livro, mas o que me motivou, além da indicação que já tinha recebido, foram as relações de amizade que vão surgindo ao longo da estória. Eu fiquei apaixonada pela Anabelle. Ela é sem dúvida a minha personagem preferida e eu, sincermanete, gostaria muito de ler um spin-off sobre o passado dela (por favor Amy Ewing, nunca te pedi nada!!). Outro personagem intrigante é o Garnet. Fiquei de olho nele assim que ele é apresentado e criei muita expectativa sobre ele, portanto, posso dizer que ele foi muito importante para me prender à leitura até o fim.

            De uma forma geral o livro não me empolgou tanto, dei apenas 3,5 estrelas no Skoob, mas como existem pelo menos mais dois livros como continuação, talvez a autora se redima. Agora estou lendo “A rosa branca”, livro 2 publicado em português também pela LeYa. Vamos ver como fica essa estória...